30.7.05

Hoje quero dizer alguma coisa...

Mudança, a palavra do dia!!!

Abração pra galerinha que lê o Blog: Mara, Marlos, Rafael, Vivian! Tá crescendo a lista :)
Ah, dá uma olhada no blog do Marlos, meu amigo de marafonisses, hehe.

28.7.05

O feminino me amedronta

Esse é o último de hoje e dos próximos dias. Comentaê.


Sensibilidade difícil

Estranha mulher familiar que em mim habita!
Marco passo em direção qualquer
E minha companhia diz: não minta
Você não sai do que não esquece: a mulher

O feminino me amedronta
Toca onde não sinto,
me confronta
.
.
.

Eu paro.
Segue outra coisa...
não sei...
sinto...

Navegando

Bom, depois de tanta coisa ruim, uma poesia que eu gostei...


Navegar á preciso. Viver não?
Como fazer desta viagem
Um caminho seguro, com ponto de ancoragem,
Se falta prá mim o principal: coragem.

Seguir sem ponto, mas numa reta
que não liga dois pontos, mas atesta:
que o caminho se faz por trás dos pés
levando consigo a certeza do plano
e deixando à frente o porvir,
o devir, o acaso – deriva de si mesmo.

Série: "Esmeril Sentimental" (Parte 09)

9

Economia

Poucas palavras para que, mais uma vez, não me entendas.

Série: "Esmeril Sentimental" (Parte 08)

8

Sou um soneto (mal feito)

No escrever, um esmeril sentimental.
Se no recalque, idéia e afetos têm destinos diferentes,
as minhas idéias são claras, mas os afetos,
a muito custo, ufa!, são postos num lugar especial.

Cisão estranha essa: sigo sem andar pois não sinto meus pés,
paro prá pensar e não penso (nem mesmo) no caminhar.
Sem cisão sinto o que não sou
Percebo mas não sinto o que sou

A letra escrita que a massa lê
não reflete o cansaço do caminhar eterno
Senão com algumas palavras sem sentido

Mas estas não são lidas por todos,
Muitos se esforçam para entender
Poucos entendem que ler-me não é nada além de sentir-me

Série: "Esmeril Sentimental" (Parte 07)

7

Uma alternativa à morte é a vida... ou não...
... os lados de uma moeda não são lugares...
... são pontos adimensionais de fuga – de si.
Morte, vida... isso é blá-blá-blá!

Série: "Esmeril Sentimental" (Parte 06)

6

Desabafo:
merda de eu que não sai de mim!
merda mi(m)nha que não assumo eu
abro mão, de antemão de mim
e escorre eu por baixo d’Isso que me arrebata;
e permanece em um silêncio ensurdecedor
que cega o meu tato de mim:
fico em algum lugar entre tudo ou nada, ou seja,
não fico.

Eu não tenho meio termo em mim...

Série: "Esmeril Sentimental" (Parte 05)

5

Criar nunca foi prámim
meus pais criaram? Eu?

Prámim não se torna prá mim
enquanto não houver em mim:

a coragem, a minha, de partir-me de mim
a coragem, a minha, de partir-me do outro.

Pois na segurança de não ser,
não ser, veja bem como digo,
a angústia não sai, aumenta,
pois eu sou (o que?)

Versos sem sentido, dirão:
mas no auto do meu “eu”
sou o quê?
Sentido?
Não.
Voltei ao ponto inicial (eu mesmo?):
Criar...

criei... (o que?)

Série: "Esmeril Sentimental" (Parte 04)

4

No parto criativo de mim...
... me parto...
... e dói mais partir-me assim...
--- do que arriscar (e PONTO)

... por enquanto

27.7.05

~\*/~ Tutorial Iniciante ~\*/~

Algumas dicas para tentar ajudar você que está com problemas para abrir os CDs ou e-books...

Obs.: Destinado ao público com pouco grau de conhecimento em informática. Nenhuma novidade avançada ;)

1. Sobre o compactador...

Quando você baixa um arquivo do Frugalidades, baixa um arquivo único, para facilitar a sua vida. Caso contrário, imagine você baixando um álbum composto por CD duplo em que cada CD tem 20 faixas. Estamos falando de 40 músicas.
Baixar uma por uma é algo um tanto quanto chato... (e upar cada música também!) por isso toda a informação está concentrada em um único arquivo. Sua extensão é quase sempre ".RAR", podendo ser também ".ZIP". Estes tipos de arquivos são ditos "compactados" e são muito úteis na Internet, porque além de condensar vários arquivos (ou mesmo pastas em um único arquivo, também reduz seu tamanho, agilizado o processo de download).
No caso caso dos álbuns, essa taxa de compactação é muito baixa, porque uma das características dos arquivos .MP3 é já ser compactado. Enfim, parte prática dessa conversa: você precisa ter um programa que reconheça o arquivo .RAR que você baixou do blog e "descompactá-lo", transformando-o em diversos arquivos e pastas utilizáveis pelos programas Windows.
Para baixar um desses programas (e que é o que eu uso e acho ser o melhor), clique aqui. É o WinRar. Vai ser aberta nova página e o download irá começar em poucos segundos. Verifique bem onde você vai salvar o arquivo desse programa. Depois do download, execute-o com um duplo-clique e instale-o no seu computador.
Assim, cada vez que você baixar um arquivo com extensão ".RAR", ".ZIP" ou ".ARJ" (compactados), você poderá utilizar este programa para descompactá-lo.
Depois que o tempo de uso de experiência dele acabar, não se preocupe: uma janela aparecerá cada vez que você abrir o programa, mas não impedirá seu uso.
Vou colocar ainda alguns outros descompactadores aqui, mas é por sua conta, ok? Não os uso...

WinRar -
clique aqui - Baixe sempre esse, pois tenho certeza que descompacta arquivos ".RAR"
WinZip -
clique aqui

2. Sobre o programa para ler os e-books:

Ok. Você baixou o arquivo, descompactou, mas não consegue abri-lo (o e-book, no caso). Os formatos de e-book que você pode encontrar no Frugalidades Estéticas são: ".DOC", ".PDF", ".RTF", ".RB" ou ".LIT".
Para cada tipo de extensão, um programa adequado para sua visualização. Vejamos as direções para você baixar cada
um dos programas quando necessário for:

".PDF" -
Adobe Acrobat Reader
".DOC" ou ".RTF" - Microsoft Word (Esse é fácil, né? ;) )
".RB" -
ERocket
".LIT" -
Microsoft Reader

Obs.: Se você tem um arquivo .RB e não quer baixar o programa ERocket para lê-lo, pode preferir baixar o "
ERocketExtractor". Ele extrai o texto do formato RB, podendo convertê-lo p/ outros formatos.

Instale o programa e abra o arquivo depois. Boa leitura!

Obs2.: Esses programas são Freeware!

3. Para ouvir o som que você baixou:

Vejamos agora o problema anterior, mas aplicado agora ao som. Bom, os arquivos de áudio que você encontrará no Frugalidades Estéticas são do tipo .MP3. Já falamos um pouquinho sobre ele no tópico 1, vamos para os assuntos práticos:
Você baixou o arquivo (tempo danado esperando...), baixou o WinRar e o instalou, abriu o arquivo .RAR e descompactou na sua máquina. Está tudo bonitinho... inclusive com o cover do CD ilustrando a pasta automaticamente (se você tiver WinXP)... mas você clica nas músicas e o som não sai!Ok. Os problemas pode muuuuitos. Não vou dar um auxílio completo sobre isso. Se esse problema se estende a qualquer
outro som, inclusive do sistema, o problema não é do arquivo. Veja placa de som, caixas, etc. Se o problema só acontece com os arquivos .MP3 que você baixou, isso também não quer dizer necessariamente que o problema está com os arquivos :)Verifique qual é o seu programa para ouvir músicas. É o Windows Media Player? Ele lê .MP3? (Já vi alguns que não liam, não sei se era questão de falta de atualização ou de versão). O meu WMPlayer é o 10 e escuto normalmente qualquer música. Se o seu for o 9.0 e estiver com problemas, ou se não quiser usar o WMPlayer, apresento o Winamp para você (abaixo). É o programa que utilizo e roda tudinho...

Para baixar a última versão do programa,
clique aqui ou aqui

Obs.: Eu já dei a dica em um post, mas vou deixar aqui também a indicação: o Vagalume (parece até que ganho dinheiro deles prá fazer propaganda, hehehe), oferece para você que tem como programa de áudio o Windows Media Player ou o Winamp, um plug-in, espécie de sub-programa que roda em conjunto com o programa principal, que tem uma função interessantíssima: quando você abre uma música (ou o player automaticamente muda de música), o programinha vai à base de dados do Vagalume (ON-LINE) e busca a letra da música que acabou de começar. Isso facilita muito prá você. A partir dessa letra, você pode conseguir ainda a tradução da letra ou a letra já cifrada. Muito mole! E legal... eu uso o plug-in para o Winamp. Quer baixar?
Clique aqui e escolha qual!

4. Programas para me auxiliar no download...

Bom, deixei pro final algo que é prá pensarmos sempre antes: como vou baixar o arquivo que desejo?
Não vou ficar entrando no méritos de outros recursos que não temos ainda por aqui (Bittorrent, E-Mule, Kazaa, FTP, etc.), mas focar atenção no download por http:
Os downloads do Frugalidades Estéticas são possíveis pois existem sites de servidores de informação gratuitos por aí. Exemplos deles são: MegaUpload, RapidShare, TurboUpload, FileHD, entre muuuutios outros...
Parênteses: já recebi sugestões de upar para o rapidShare, como muuuito site por aí faz... mas eu tenho minhas razões: o MegaUpload permite arquivos de até 250Mb, e esse motivo (aliado à minha falta de tempo), são os principais. :)
Caso contrário eu teria que ficar separando o CD em partes, o que não é legal para mim, nem acho que seja legal para vocês (pois eu odeio ficar baixando partes e depois descobrir que a partew 5 [!] está OFF...)
Bom, parênteses passados, quando você faz um download pelo Internet Explorer (ou Mozilla FireFox ou NetScape), abre uma porta de comunicação entre sua máquina e o servidor. Só que, se por um motivo ou por outro a comunicação é interrompida, seu arquivo não pode ser retomado pelo browser de onde parou. Para isso (e também para aumentar a velocidade de download), podemos contar com alguns "Gereciadores e/ou Aceleradores de Download". Não vou colocar muitos, mas o que eu uso e mais alguns. ESCOLHA UM (não instale vários), baixe o arquivo, instale e use-o para fazer o download. Assim você não fica com um monte de janela aberta, não corre o risco de perder sua comunicação com o servidor e ter que recomeçar tudo de novo, e ainda consegue um incremento na velocidade :)

Free Download Manager - Esse eu uso e recomendo! -
clique aqui
DAP -
clique aqui
Free Download Accelerator v2 -
clique aqui
Go!Zilla -
clique aqui

Não preciso nem dizer, né? Use anti-vírus (apenas um ativo, por favor) e firewall (também apenas um, por favor), independente de qual for a forma de conexão (Dial-Up, ADSL. Cable).
Rode anti-vírus em todos os arquivos que você fizer download ANTES de acessá-los pela primeira vez (incluindo até mesmo os do Frugalidades - embora eu tome todas as medidas aqui expressas) e mantenha-o atualizado.
Evite e-mails de estranhos, e todos os links embebidos em mail (e sites), verifique se o destino informado pelo autor é realmente o endereço que aparece na barra inferior esquerda da sua janela.

Anti-vírus:
PANDA -
clique aqui - esse é shareware!
AVAST -
clique aqui ou aqui
AVG6 -
clique aqui

Firewall:
Zone Alarm -
clique aqui

Se sua dúvida não foi solucionada, se você tem mais dúvidas, se não gostou deste tutorial, ou se ele te ajudou e esclareceu alguma dúvida, deixe um comentário. Assim vocês me ajudam a ajudar vocês em novos tutoriais, ok? :)

Forte abraço,
Marcelo

P.S.: as direções web apresentadas foram as apontadas pelo site
Superdownloads

25.7.05

Série: "Esmeril Sentimental" (Parte 03)

3

Incrível força esta que me anima:
lança-me fundo num poço
– poço escuro, no silêncio da catarse –
e lá me sufoca com grossas pás de cal de desejo
(eu ia dizer de desesperança);
desejo que me enjôa de sentir,
como a grávida que enjoa mas tem dos seus;
só não sei que filho espero eu...

meu parto é perto; nasce algo em mim
(parto eu para outro lugar – de mim),
ou perto parto para onde não há desejo.
Em comum eu e a futura mãe temos algo: o buraco.

Série "Esmeril Sentimental" (Parte 02)

2

Sem um sentido final

Sentido
que não se sente. Sim,
porque de um sentido não se pode outra coisa que não sentir
Não sentir o sentido do ser, do eu que sou
O não-sentido da falta que marcar a alma,
segrega alma e corpo, eu e tu
na direção de um explodir de possibilidades,
na direção de um vazio universal hermético
que larga-me tal como estou:





Então: a fala que marca o vazio de dentro,
que marca a impossibilidade minha de ser
não larga em outro lugar algo podre
– que não aqui, agora –
que não cheira mal, não,
mas se decompõe em restos do que sou.

sem meia pataca de sentido final

Série: "Esmeril Sentimental" (Parte 01)

Caramba!!!!! Droga de IE! Tava tudo maneirinho, post prontinho, e deu uma travada homérica aqui, e eu morrendo de sono. Então...
A série que dá nome ao post foi o resultado de uma fase de vida estranha prá mim. Mergulhei no Fernando Pessoa e me "revisitei", se é que dá prá dizer assim. São 9 poemas em ordem de feitura e que começo a disponibilizar para vocês a partir de hoje.
Por favor, comentem!! Eu gostaria muito de saber quem está passando por aqui... Abração.
.
.
.

1

No traço leve da pena
Segue a inscrição sôfrega
de quem sente n’alma algo além
de si
de mim
do mundo

Sentir como que uma lâmina que trespassa por trás a carne fraca
E sangra mais que isso, e mata mais que isso,
deixa um ponto escuro – no escuro –
e cega aquele que não vê:

é fácil perder-se nas frivolidades diuturnas
enquanto por dentro se dissolve a última esperança:
“eu”

15.7.05

Texto 03: O Labor no Erro ou “O melhor da minha vida”

O melhor da minha vida
É sentir que posso ser,
Tentar criar ida, saída
Para um lugar de não ter

Na pista me passo
Sou astro no laço
Peço um maço e traço
Algo não deve rimar

Porque se pensa naquilo que fecha
Se a vida mesma não nega
Que no acaso do que se é
Não se acaba com outra coisa:
Senão com um auto de fé

Saiba
Que fazer é saber,
Saiba
Que do saber não se sabe
Saiba
Que não se sabe o que é

Tente segurar nos fios do que somos nós
E algo acontece: ou escapa das mãos a meada
Ou trava os dedos e deslizamos nós pelos nós
Do que se crê prender da vida: criada.

Texto 02: “Não há absolvição possível para sua história”.

Bom, escrevi isso. Vejam o que acham e comentem... muita doideira, hein?


Na obra “O Processo”, de Franz Kafka, o processo a que o Sr. K é submetido à sua revelia é tomado por nós todos como um processo jurídico. E para dar conta desse jurídico, dessa lei que é insondável mediante a racionalização, somos jogados junto com o nosso herói numa história que tange o delirante. O processo que o Sr. K sofre é situado em, talvez, algum ponto de sua história de vida, por motivos que são desconhecido por todos. E para este tipo de processo, conforme é atestado por personagens ao longo da história, não há absolvição possível. O Sr. K paga com sua vida o preço do seu processo, do seu processo que se confunde com sua vida. E é assim que percebemos que não há absolvição possível para nossa história pessoal.

Seria o Sr. K um Édipo à avessas? No afã de atingir sua “ungehoeur” (projeto de tudo saber), Édipo chega à sua própria condenação. O Sr. K morre tentando obter sua verdade, sua absolvição, ironicamente. A verdade não é alcançada no romance kafkiano, por não haver sentido possível para ela. A submissão às vicissitudes do processo de vida do herói é conseguida ao longo da história. Sr. K paga com sua morte o preço da sua vida. É o que Freud nos dizia ao afirmar que escolhemos os meios pelos quais morremos (e que se confunde com o sentido pelos quais vivemos)?

K é condenado de antemão, isso marca a diferença entre o herói romântico (?) e o trágico. Podemos ponderar corretamente que há um deslizamento da questão da condenação se pensarmos que ela está oferecida em Édipo Rei no momento primeiro em que Édipo mata seu pai, Laio, rei de Tebas, mesmo sem o saber. Mas no romance sofocleano, a verdade é obtida mediante a uma busca. Já na história do Sr. K, embora ela se passe em torno dessa busca da verdade, do porquê do processo, o desfecho é diferente.

No exemplo d’O Processo, percebemos que a sua fantasia, o mundo imaginativo criado pelo autor comporta além do recalcado, além dos crimes humanos possíveis (? ato falho) – o parricídio e o incesto – um quê de real, um ponto insondável. Numa analogia com o sonho, seria esse non sense, esse limite do saber humano sobre seu “processo” o equivalente ao umbigo dos sonhos freudiano. É o trágico em essência: paga-se pelo que não se sabe e nem nunca se saberá (já que há aquilo “que não tem sentido, (nem nunca terá)” – o que será que será?).

1.7.05

Seja bem-vindo!

Olá, neste espaço você poderá ler algumas coisinhas que escrevo... Por favor, comente, pois gostaria de sua opinião. Abraço.
Ah, por favor, respeite o direito autoral. Se quiser se utilizar do texto para qualquer fim que não o de sua leitura particular, por favor, mande um e-mail (marcelo.magnelli@oi.com.br).

Vamos começar?